sábado, 10 de outubro de 2009

Novo acordo ortográfico








1- O que é o novo acordo ortográfico?

Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.
O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial.
O Acordo privilegia a língua escrita, fixando e delimitando uma unidade linguística expressiva, sem atingir qualquer aspecto da língua falada. Embora não suprima a totalidade das diferenças ortográficas do idioma, constitui significativo avanço em direção à unificação da escrita dos países que adotam a língua portuguesa como idioma oficial, evitando, assim, sua desagrega

2- Quais os países que adotaram este acordo?

Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

3- Quando começa a vigorar de forma obrigatória no Brasil?

Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia hoje vigente como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo.

4- O que muda com o novo acordo

ALFABETO

As letras k, y e w passam a fazer parte do alfabeto, que volta a compor-se de 26 letras, não 23.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Utilizam-se as letras k, y e w em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados.

ACENTUAÇÃO

1. Trema (¨)
Não existe mais o trema em língua portuguesa. Mantém-se apenas em palavras estrangeiras, nomes próprios e seus derivados
2. Ditongos abertos (éi, ói)
Não são mais acentuados em palavras paroxítonas.
3. Hiatos
Os hiatos oo e ee não são mais acentuados.
4. Acento diferencial
Não existe mais acento diferencial em palavras homógrafas.
Observação
a) C ontinua o acento diferencial em pôde (verbo poder, 3a. pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), para diferenciar de pode (verbo poder, 3a. pessoa do singular do presente do indicativo); e em pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição).
5. i e u tônicos
Elimina-se o acento agudo de i e u constituindo hiato tônico apenas quando eles estão precedidos de ditongo.
6. u tônico
Elimina-se o acento agudo do u tônico nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de g ou q e seguido de e ou i (gue, gui, que, qui).

USO DO HIFEN

Servem para palavras formadas por prefixos ou elementos que podem funcionar como prefixos: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto,
circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice, etc.
a) depois dos prefixos des- e in- em que o segundo elemento perdeu o h inicial.
b) entre o prefixo que termina em vogal e o elemento que começa com s ou r, duplicando-se essas consoantes.
c) quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
d) quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
e) quando o prefixo termina em consoante e o segundo elemento começa por vogal ou consoante diferente.
5- Descubra por que alguns teóricos defendem e outros rejeitam o novo acordo.
Há uma controvérsia de menor importância sobre o total da língua a ser modificado. Estima-se algo entre 0,5% e 2% do total de palavras. Percentualmente é um número pequeno, mas quantitativamente, segundo a Academia Brasileira de Letras, que conta 400.000 palavras no nosso idioma, seriam 20.000 a 80.000 palavras alteradas, muitas delas jamais usaremos, outras tantas poderiam ser responsáveis pela reprovação em um concurso público.
6- Quais as vantagens e desvantagens do novo acordo ortográfico?
Vantagens: aproximação da oralidade à escrita, atualmente a Língua Portuguesa é a única que tem duas grafias oficiais, simplicidade de ensino e aprendizagem, unificação de todos os países de língua oficial portuguesa, fortalecimento da cooperação educacional dos países da CPLP, evolução da língua portuguesa, pequena quantidade de vocábulos alterados (1,6% em Portugal e 0,45% no Brasil), o português é o 5º idioma mais falado no mundo e o 3º no mundo Ocidental. A unificação das grafias permite aumentar, ou pelo menos manter a força da Língua Portuguesa no panorama mundial.
Desvantagens: evolução não natural da língua, tentar resolver um “não-problema”, uma vez que as variantes escritas da língua são perfeitamente compreensíveis por todos os leitores de todos os países da CPLP, desrespeito pela etimologia das palavras, a não correspondência da escrita à oralidade. Por exemplo, existem consoantes cuja função é abrir vogais, mas que o novo acordo considera mudas nomeadamente em tecto, passando a escrever-se teto, dever-se-ia ler como teto (de seio)? , processo dispendioso (revisão e nova publicação de todas as obras escritas, os materiais didáticos e dicionários tornar-se-ão obsoletos, reaprendizagem por parte de um grande número de pessoas, inclusive crianças que estão agora a dar os primeiros passos na escrita), o fato de não haver acordo, facilita o dinamismo da língua, permitindo cada país divergir e evoluir naturalmente, pelas próprias pressões evolutivas dos diferentes contextos geo-sócio-culturais como no caso do Inglês ou do Castelhano, falta de consulta de lingüistas e estudo do impacto das alterações

Bibliografia

http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/
http://www.abril.com.br/reforma-ortografica/
http://www.dombosco.com.br/Editora/acordo-ortografico.pdf
http://prowebpt.com/2008/05/02/tudo-sobre-o-novo-acordo-ortografico/
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghtn7YPjOcoNzTB1NY5s_aCm5Vd-fDpTVuU4yp9vaAUdtqv_eV0GAq-L_lvmpSoMCgeo66uy6vwfe0u0Ge6F2UdRt-S8aIlQNyXKf_nPxReFnWfkmtP5weWbwOeqGLzQrux2r7qVe-3Alw/s320/Acordo+Ortogr%C3%A1fico.bmp

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